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Vivemos em um mundo onde muitas crianças e adolescentes possuem computadores, tablets ou celulares inteligentes ou têm acesso a esses equipamentos. Estão vivendo em um munto onde essa tecnologia pode ser sua alida ou pode prejudicá-los. Bomo pai e mãe de família, o que você deve saber para guiá-los nesse uso? O que sabemos, por exemplo, sobre seu uso e a violência? Como podemos estabelecer um plano familiar? Te convido a que continue lendo para responder a essas dúvidas e para mais informação.

Atualmente, estamos rodeados por tecnologia. Frequentemente, você, como pai ou mãe de família, tem que competir com a ainternet, os celulares, os videogames e a televisão para atrair a atenção de seu filho(a). De acordo com a Academia Americana de Pediatria, as crianças passam em média sete horas diárias diante dos dispositivos eletrônicos e da televisão. Parte dessa interação as expõe a mensagens de publicidade, das redes sociais, a mensagens ocultas nos videogames e pode deixá-los expostos a desconhecidos ou a mensagens de possível impacto negativo para a saúde.

Baseado nisso, a Academia Americana de Pediatria (AAP) tem uma série de recomendações a respeito do tempo que as crianças devem passar diante das telas e um plano para o uso da tecnologia em geral, de acordo com a idade das crianças.

Em uma coluna prévia, já havia mencionado as recomendações da AAP a respeito de evitar o uso da tecnologia (exceto para vídeo chamadas) para as crianças menores de 18 meses; o estabelecimento de uma hora por dia de programas de alta qualidade para crianças de 2 a 5 anos e de limites coerentes sobre o tempo e o conteúdo para as crianças de 6 anos ou mais. Nessa coluna, inlcuí outros detalhes, como assegurar-se que os pais façam com que as crianças durmam e se exercitem o suficiente, já que todos esses são comportamentos essenciais para a sua saúde.

Uma nota importante: Devido à pandmeia de COVID-19, muitas crianças cujas escolas estão fechadas ou têm horários limitados atualmente estão tendo aulas online. Os limites de tempo que a AAP recomenda não incluem as horas dedicadas a essas aulas online. Mas incluem a tarefa depois da aula, assim como o tempo livre.

Outros conselhos da AAP para o plano de uso dos meios eletrônicos, incluem:

  • Mantenha as telas fora do dormitório da criança. Estabeleça um “limite para os meios de comunicação” na hora de comer e antes de se deitar. Guarde todos os dispositivos ou conecte-os para carregá-los durante a noite.
  • O uso excessivo dos meios de comunicação se associa com a obesidade, a falta de sono, os problemas escolares, a agressão e outros problemas de comportamento. Limite o tempo de tela de entretenimento a menos de uma ou duas horas por dia.
  • Se você tem crianças menores de 2 anos, substitua o tempo de tela por uma brincadeira não estruturada e a interação humana. A oportunidade de pensar de forma criativa, resolver problemas e desenvolver o raciocínio e as habilidades motoras é mais valiosa para o cérebro em desenvolvimento que o consumo passivo dos meios de comunicação.
  • Participe ativamente da educação dos meios com seus fihos, vendo os programas com eles e discutindo os valores.
  • Procure opções de meios de comunicação que sejam educativos ou que ensinem bons valores, como a empatia, a tolerância racial e étnica. Escolha programação que dê exemplos de boas habilidades interpessoais para que as crianças as imitem.
  • Seja firme sobre não ver conteúdo inapropriado para a idade de seus filhos: sexo, drogas, violência, etc. As classificações dos filmes e da televisão existem por uma razão, e as sinopses dos filmes online também podem te ajudar a cumprir suas regras.
  • A internet pode ser um lugar maravilhoso para que aprendam. Mas também é um lugar onde as crianças podem ter problemas. Mantenha o computador em uma área públicada casa, para que você possa verificar o que seus filhos fazem online e quanto tempo passam nisso.
  • Advirta-os de que os lugares que visitem na internet podem ser “recordados” e que os comentários que façam permanecerão ali indefinidamente. Diga-lhes que estão deixando uma “pegada digital”. Não devem realizar ações online que não desejariam que ficassem registradas durante muito tempo.
  • Familiarize-se com os sites populares das redes sociais como Facebook, Twitter, Instagram e TikTok. Considere ter seu próprio perfil nesses sites das redes sociais que seus fihos usam. Ao “ficar amigo” de seus fihos, você poder controlar sua presença online. Os pré-adolescentes não devem ter contas em sites de redes sociais. Se você tem crianças pequenas, pode criar contas em sites desenhados especificamente para essa faixa etária.
  • Fale a seus filhos sobre serem bons “cidadãos digitais” e discuta as consequências potenciais de assédio online que podem ser graves. Se seu filho é vítima de assédio cibernético, é importante que você tome medidas com os outros pais e a escola, se for o caso. Atenda as necessidades de saúde mental das crianças e adolescentes de imediato se estão sendo assediados online, e considere separá-las das plataformas de redes sociais onde ocorre o assédio.
  • Assegure-se de que as crianças de todas as idades saibam que não é apropriado nem inteligente enviar ou receber fotos de pessoas sem roupa ou mensagens de texto “sexys”, sem importar se o envio é de/para amigos ou estranhos.
  • Se você não está seguro da qualidade da “dieta dos meios” na sua casa, consulte a/o pediatra sobre o que seus filhos assistem, quanto tempo passam com os meios e os problemas de privacidade e segurança associados com as redes sociais e o uso da internet.

Por exemplo, existe evidência de que a exposição aos meios de comunicação violentos deixa as crianças mais agressivas, já que essas tendem a imitar o que assistem. . Isso se sabe já faz várias décadas. Estudos recentes sugerem que esses efeitos são especialmente problemáticos quando envolvem armas de fogo. Isso é o que mostrou um estudo realizado por pesquisadores da Ohio State University. Os pesquisadores mostraram uma versão popular de um filme a crianças entre 8 e 12 anos, no qual elas viam personagens usando revólveres ou personagens sem revólveres. Em seguida, as crianças eram levadas para um quarto bem grande, onde havia brinquedos que incluíam Legos, uns revólveres (feitos de espuma) e outros jogos.

As crianças que assistiram ao filme que mostrava revólveres brincaram mais agressivamente que as crianças que viram o filme que não mostrava revólveres. Mas isso não foi tudo. No quarto, havia um espaço fechado onde estava uma caixa que tinha uma revólver real. Obviamente, não estava carregada e tinha sido modificada de maneira que não podia ser carregada. Mas podia determinar quantas vezes se tinha disparado. Para as crianças, não foi dito nada sobre a existência desse revólver.

Aproximadamente 83% das crianças em estudo encontraram o revólver, a maioria brincou com ela. Os 27% dos que a encontraram a deram para o pesquisador, que a tirou do quarto. Dos 58% restantes, 42% brincou com o revólver de diferentes maneiras. Mas, muito importante, quase nenhuma das crianças que viu o filme sem revólver disparou o gatilho. Os que viram o filme que mostrava revólveres, o dispararam várias vezes e passaram mais tempo com a arma. Alguns a dispararam mais de 20 vezes, um a apontou para as pessoas na rua através da janela e outro colocou o revólver na frente de uma criança e apertou o gatilho.

Apesar de que é verdade que algumas crianças são naturalmente mais agressivas que outras, não é bom fomentar comportamentos violentos.

Por outro lado, os meios podem contribuir de forma positiva na educação, como vimos durante a pandemia e as aulas por internet. Inclusive há atividades educativas para os pequenos como: Sesame Street (en inglês), Edye.com (em espanhol) aqui em HITN, que completa dois anos, e muitas outras. Para todas as idades.

Como pai/mãe você pode ajudar a determinar as atividades que as crianças e os adolescentes assistem, tanto digitalmente (online) como na televisão, baseado em seus valores e seu estilo de vida, e pode estabelecer regras à medida que crescem para equilibrar o tempo que passam em frente às telas. Se você elabora um plano e seu filho(a) entende seus valores e o segue desde pequeno, é mais provável que o respeite posteriormente também.

Aliza Lifshitz